quinta-feira, 29 de julho de 2010

Liberdade

Talvez o ponto-chave no emocional de qualquer ser humano seja sua liberdade. "Libertas quae sera tamem" (liberdade ainda que tardia), frase da bandeira de Minas Gerais. O castigo para infratores da lei é a privação de sua liberdade. As pátrias que se tornam independentes. O alívio de quem mudou de emprego, depois de viver horrores nas mãos dos antigos patrões. A renovação do espírito, quando aquele namoro que só vinha gerando baixarias enfim está encerrado.
"Ufa, agora estou livre!"
Mas... quantos sabem fazer uso dessa palavra tão significativa? É fácil ser livre? Ou estar livre é apenas uma condição de quem procura um novo "cabide" onde se pendurar?
O que quero dizer é que a minha experiência de vida me diz que a liberdade só é bem aproveitada quando nos conhecemos muito bem. Quando sabemos que, depois de uma amarra qualquer cortada, um vazio vai ficar no lugar daquilo que se foi e não será facilmente preenchido. Que devemos, num primeiro instante, ocupar com nosso próprio ser esse vazio. Estar livre, a meu ver, é o grande momento de meditar, avaliar-se, crescer interiormente. Uma embarcação no mar não tem amarras, mas uma hora terá de aportar. Um bom comandante usualmente sabe em que portos não deve mais parar, e também que condições os futuros portos deverão ter para abrigar sua embarcação.
E pra terminar, é essencial cumprir as regras da liberdade no que diz respeito aos outros. Sobre isso, falo outro dia.

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