Cheguei aos 53 anos. Já presenciei coisas que me levam crer,
às vezes, que preciso mudar de CIDADE;
às vezes, que não combino com este ESTADO;
às vezes, que poderia ter nascido em outro PAÍS;
às vezes, que não sou deste MUNDO;
às vezes, que deveria ser de outra ESPÉCIE que não homo sapiens.
Mas isso é compensado pelo pequeno UNIVERSO de verdadeiros amigos.
"Mãe, como é aquela palavra usada em religião quando alguém fica sem comer? JEGIME?" A Déborah filha da Marcia foi simplesmente genial, criou um neologismo juntando jejum e regime. Quando eu quero perder umas gordurinhas do espírito, venho pra cá e escrevo.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2018
quinta-feira, 20 de dezembro de 2018
Sufixos políticos
Depois de duas eleições em que ganhou uma “presidenta”, desta vez o Brasil escolheu um “presidento”. Mas como povo, continuamos sendo pré-candidatos a “presidantas”.
domingo, 25 de novembro de 2018
Palavra de zoólogo
O Brasil há muito deixou de ser REINO,
mas continua não sendo uma grande FAMÍLIA.
Na busca de ORDEM e Progresso, diz que aboliu a escravatura,
mas acirra discussões como a de GÊNERO.
Carece em qualidade de professores e CLASSES,
Então não sei que ESPÉCIE de futuro nos aguarda.
Palavra de zoólogo.
mas continua não sendo uma grande FAMÍLIA.
Na busca de ORDEM e Progresso, diz que aboliu a escravatura,
mas acirra discussões como a de GÊNERO.
Carece em qualidade de professores e CLASSES,
Então não sei que ESPÉCIE de futuro nos aguarda.
Palavra de zoólogo.
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segunda-feira, 5 de novembro de 2018
O ano acabou (?)
Final de outubro, todo ano escuto alguém dizer: "Nossa, o ano acabou." Acho que é a mesma linha de raciocínio de "O ano só começa depois do Carnaval."
São 120 dias de vácuo!
São 120 dias de vácuo!
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terça-feira, 30 de outubro de 2018
Faz sentido
Fico cada vez mais receoso sobre o que poderei ou não falar daqui pra frente. De repente, dizer "Faz sentido" pode ser motivo pra ser chamado de defensor da volta dos militares...
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domingo, 28 de outubro de 2018
De indiferente a pessimista
Política é uma ideia legal. Surgida na Grécia antiga, a palavra significa mais ou menos "em prol da cidade". E parece que era mesmo, populares voluntariamente sentados nas escadarias da ágora ("local de reunião"), alguns intelectuais levantando os problemas da cidade, todo mundo votando ali, abertamente, decidindo o que fazer. Sem burocracia e sem siglas.
Mas política PARTIDÁRIA é invenção do diabo. Pra usar um termo da moda, um fake. É um jeito de colocar sujeitos que a população elege como super-heróis, que quase sempre são despreparados e cujos interesses dificilmente correspondem a nossas expectativas, em cargos que deveriam ser tratados como importantes mas não o são. Para desviar a atenção do foco que a verdadeira política tem, com ajuda da Deusa Mídia (que não é grega). Acha exagero? Então responda, você que é antipetista ou antibolsonárico ou nenhum dos dois: conhece os programas dos candidatos? Conhece alguém que conheça? Já viu nas conversas de rua alguém discutindo as eleições nesses termos? Se sua resposta a uma delas foi "sim", então você corresponde aos 0,000000001% de exceções. Eu, assumidamente, não conheço os programas. E não vejo nas ruas ou nas redes sociais quem conheça. Ou se conhece, não está falando sobre. Sucesso! Todo mundo desviado do foco.
Falei isso tudo pra contextualizar o ponto em que quero chegar, tô quase lá: não acredito mais, e faz tempo, nesse formato de política feita com partidos. (Abre parêntesis: Se tenho ideia de alternativa? Sim. Mas o objetivo deste texto não é esse. Deixemos pra um café, qualquer hora. Fecha parêntesis.) Essa descrença é transferida desde 2004 para meus votos, que têm sido sistematicamente nulos. Votos de quem entende que tanto faz pra que andar o elevador leva, porque já construíram errado o prédio. Ponto, foi isso que fiz e não se volta atrás. Neste ano, continuo não me sentindo pertencente a lado algum, mas a intuição é um pouco diferente, e aqui chego enfim aonde queria: parece que o Brasil quer limpar com merda aquela mancha de molho na camisa. Macedo ou matarde, saberemos.
Mas política PARTIDÁRIA é invenção do diabo. Pra usar um termo da moda, um fake. É um jeito de colocar sujeitos que a população elege como super-heróis, que quase sempre são despreparados e cujos interesses dificilmente correspondem a nossas expectativas, em cargos que deveriam ser tratados como importantes mas não o são. Para desviar a atenção do foco que a verdadeira política tem, com ajuda da Deusa Mídia (que não é grega). Acha exagero? Então responda, você que é antipetista ou antibolsonárico ou nenhum dos dois: conhece os programas dos candidatos? Conhece alguém que conheça? Já viu nas conversas de rua alguém discutindo as eleições nesses termos? Se sua resposta a uma delas foi "sim", então você corresponde aos 0,000000001% de exceções. Eu, assumidamente, não conheço os programas. E não vejo nas ruas ou nas redes sociais quem conheça. Ou se conhece, não está falando sobre. Sucesso! Todo mundo desviado do foco.
Falei isso tudo pra contextualizar o ponto em que quero chegar, tô quase lá: não acredito mais, e faz tempo, nesse formato de política feita com partidos. (Abre parêntesis: Se tenho ideia de alternativa? Sim. Mas o objetivo deste texto não é esse. Deixemos pra um café, qualquer hora. Fecha parêntesis.) Essa descrença é transferida desde 2004 para meus votos, que têm sido sistematicamente nulos. Votos de quem entende que tanto faz pra que andar o elevador leva, porque já construíram errado o prédio. Ponto, foi isso que fiz e não se volta atrás. Neste ano, continuo não me sentindo pertencente a lado algum, mas a intuição é um pouco diferente, e aqui chego enfim aonde queria: parece que o Brasil quer limpar com merda aquela mancha de molho na camisa. Macedo ou matarde, saberemos.
sábado, 20 de outubro de 2018
A cultura do Antismo
Tudo bem, todos temos direito a ser pró isso e contra aquilo. Mas é curiosa a cultura desse antismo superficial e, por isso mesmo, quase sempre inaproveitável como conteúdo sobre o qual se possa refletir e tirar algum proveito. Este tempo de eleição tem sido um bom momento pra mostrar o que falo. O antipetismo poderia ser antiPSDBismo, antiPMDBismo, antiPQParismo, não importa. Os componentes do antista político médio são mais ou menos os mesmos:
- Ele é anti-qualquer coisa sem ser pró-alguma coisa. Pergunte a ele se está filiado a outro partido, ou ao menos se defende as ideias de algum. Ou seja, condenemos, mas não apresentemos soluções...
- Acredita que corrupção e roubo são exclusividade de um partido como se, sem conivência/ cumplicidade/ coparticipação dos demais, isso fosse acontecer. Deve acreditar também em Papai Noel, Saci Pererê e vampiros (não vale mencionar Michel Temer).
- Pensa que corrupção, roubo e crimes políticos começaram só depois que ele tirou título de eleitor. Assis Chateaubriand, entre outros, agradece.
- Ele acha que no governo X houve mais corrupção do que no Y. Talvez tenha estado lá pra ver (eu não estava). Confia cegamente na isenção de toda a mídia jornalística. Acha que, antes da internet, a informação corria assim tão escancarada. Não pensa sobre o que aconteceria com seu pesçoco (ou ânus) se abrisse a boca pra denunciar um militar nos tempos de ditadura. E crê que é mais importante medir os números da corrupção do que a questão moral desse ato.
Antis nunca do que tarde.
- Ele é anti-qualquer coisa sem ser pró-alguma coisa. Pergunte a ele se está filiado a outro partido, ou ao menos se defende as ideias de algum. Ou seja, condenemos, mas não apresentemos soluções...
- Acredita que corrupção e roubo são exclusividade de um partido como se, sem conivência/ cumplicidade/ coparticipação dos demais, isso fosse acontecer. Deve acreditar também em Papai Noel, Saci Pererê e vampiros (não vale mencionar Michel Temer).
- Pensa que corrupção, roubo e crimes políticos começaram só depois que ele tirou título de eleitor. Assis Chateaubriand, entre outros, agradece.
- Ele acha que no governo X houve mais corrupção do que no Y. Talvez tenha estado lá pra ver (eu não estava). Confia cegamente na isenção de toda a mídia jornalística. Acha que, antes da internet, a informação corria assim tão escancarada. Não pensa sobre o que aconteceria com seu pesçoco (ou ânus) se abrisse a boca pra denunciar um militar nos tempos de ditadura. E crê que é mais importante medir os números da corrupção do que a questão moral desse ato.
Antis nunca do que tarde.
quinta-feira, 18 de outubro de 2018
Darwin às avessas nas redes sociais: teoria da involução da espécie
Sou um privilegiado no aspecto de que durante toda a vida estive próximo e induzido à reflexão e à crítica - nem sempre nessa ordem, mas preferencialmente. É parte desse processo analisar fenômenos sociais e suas consequências, seja como leigo ou a partir da ótica um pouco mais elaborada da profissão que exerço. Estou certo de que existe uma unanimidade comum aos fenômenos sociais: eles nunca são unanimidades. Há quem apoie e há quem condene a ditadura militar ou os governos defensores da privatização dos anos 1990 ou os governos deste século que se posicionam como mais populares, a mudança de paradigma nas artes e na música, o Acordo Ortográfico e a invasão de termos estrangeiros na língua do dia a dia, o futebol de resultados e não mais de espetáculo, o Big Brother e o Big Bang. Claro que também tenho minha opinião sobre eles, inclusive a opinião de que não preciso ter opinião sobre tudo - ou porque não vai fazer diferença, ou porque o assunto não me interessa mesmo, e seguimos com a vida.
Porém, tem me incomodado de uns tempos pra cá, pela dimensão que tomou, essa coisa da polarização/discurso de ódio que, iniciada há uns anos com o escudo que a internet oferece às pessoas para se manifestarem sem piedade nem respeito ou reverência, está saindo das redes sociais e vindo à vida real. Penso nisso e fico um tanto preocupado, estarrecido, quase depressivo. Pra ilustrar com fatos recentes (estou falando em outubro de 2018), o show de Roger Waters em São Paulo e a discussão em torno do segundo turno das eleições presidenciais demonstram pra mim que o foco, em muitos campos, começa a deixar de ser o evento ou fato ou fenômeno em si, e passa a ser o "inimigo que pensa diferente e precisa ser destruído". E falar dessa forma já não é figura de linguagem, não é metáfora que poderia ser substituída por "um outro ser humano que eu quero tentar convencer" ou coisa que o valha. A música de Mr. Waters, sabidamente um crítico de certos setores da sociedade desde a época do disco THE WALL, do Pink Floyd (1980), perde o protagonismo do evento porque a posição dele em relação ao momento eleitoreiro do Brasil é mencionada no telão, e a coisa se torna uma disputa de # ELESIM versus # ELENÃO. Felizmente, esse episódio não trouxe maiores consequências. Mas as mortes da vereadora carioca no primeiro semestre e do capoeirista na Bahia são exemplos fortes de que a coisa está de modo alarmante deixando de ser apenas retórica.
A internet ajuda bastante quem tem vocação pra humildade. Mas para a maioria, o efeito dela parece estar sendo este: diplomadora em massa de fanáticos, de donos de pseudoverdades rasas, de odiadores de qualquer coisa que, agora, estão perdendo o medo de levar seu pensamento a perigosas vias de fato. A imbecilidade formalizada.
Darwin, se estivesse por aqui, provavelmente iria rever para onde aponta o vetor de seus famosos conceitos.
Porém, tem me incomodado de uns tempos pra cá, pela dimensão que tomou, essa coisa da polarização/discurso de ódio que, iniciada há uns anos com o escudo que a internet oferece às pessoas para se manifestarem sem piedade nem respeito ou reverência, está saindo das redes sociais e vindo à vida real. Penso nisso e fico um tanto preocupado, estarrecido, quase depressivo. Pra ilustrar com fatos recentes (estou falando em outubro de 2018), o show de Roger Waters em São Paulo e a discussão em torno do segundo turno das eleições presidenciais demonstram pra mim que o foco, em muitos campos, começa a deixar de ser o evento ou fato ou fenômeno em si, e passa a ser o "inimigo que pensa diferente e precisa ser destruído". E falar dessa forma já não é figura de linguagem, não é metáfora que poderia ser substituída por "um outro ser humano que eu quero tentar convencer" ou coisa que o valha. A música de Mr. Waters, sabidamente um crítico de certos setores da sociedade desde a época do disco THE WALL, do Pink Floyd (1980), perde o protagonismo do evento porque a posição dele em relação ao momento eleitoreiro do Brasil é mencionada no telão, e a coisa se torna uma disputa de # ELESIM versus # ELENÃO. Felizmente, esse episódio não trouxe maiores consequências. Mas as mortes da vereadora carioca no primeiro semestre e do capoeirista na Bahia são exemplos fortes de que a coisa está de modo alarmante deixando de ser apenas retórica.
A internet ajuda bastante quem tem vocação pra humildade. Mas para a maioria, o efeito dela parece estar sendo este: diplomadora em massa de fanáticos, de donos de pseudoverdades rasas, de odiadores de qualquer coisa que, agora, estão perdendo o medo de levar seu pensamento a perigosas vias de fato. A imbecilidade formalizada.
Darwin, se estivesse por aqui, provavelmente iria rever para onde aponta o vetor de seus famosos conceitos.
quinta-feira, 26 de julho de 2018
APP Silêncio
O silêncio é um aplicativo eficaz.
Gratuito.
De fácil uso.
Não é preciso cadastrar nome de login nem senha.
Não é preciso baixar nem instalar.
Não ocupa memória física, nem RAM.
E também pode ser usado em versão analógica.
Quase sempre, o mais indicado para comentários em postagens do Facebook e afins.
Só não dá pra saber se viralizou.
Gratuito.
De fácil uso.
Não é preciso cadastrar nome de login nem senha.
Não é preciso baixar nem instalar.
Não ocupa memória física, nem RAM.
E também pode ser usado em versão analógica.
Quase sempre, o mais indicado para comentários em postagens do Facebook e afins.
Só não dá pra saber se viralizou.
domingo, 15 de julho de 2018
Reflexão sobre a Copa do Mundo
A Copa acabou, mas eu ainda torço. Torço pra que esta tenha sido a última do Galvão Bueno.
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terça-feira, 19 de junho de 2018
Piada de leilão
Um belo dia, num futuro não muito distante, os mouses viraram peças raras de museu. Num leilão, um arquimilionário arrebatou um por 1 milhão de dólares e o incorporou a seu patrimônio. Qual a moral da história?
Resposta abaixo.
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Há mouses que vêm para os bens.
Resposta abaixo.
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Há mouses que vêm para os bens.
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Piada geográfica
- Você é contra eutanásia?
- Não, se você também não for contra eu tá na Oropa.
- Não, se você também não for contra eu tá na Oropa.
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sexta-feira, 8 de junho de 2018
Pensamento do dia
A gente quer ter um ritmo de trabalho "ESTOU NO GÁS" e o que o país nos oferece é "NO GAS".
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sexta-feira, 13 de abril de 2018
Prisões
Em se tratando de política partidária, a única prisão que sei que nunca vai acontecer é a de ventre.
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quarta-feira, 7 de março de 2018
Filosofia futebolística
Hoje descobri que há um time que nunca entra em campo com time MISTO. É o Noroeste de BAURU.
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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018
Diferença entre NITIDEZ e FOCO
De 30 anos pra cá, percebo que nos canais populares de TV melhorou bastante a nitidez, mas piorou em igual proporção o foco.
terça-feira, 16 de janeiro de 2018
Novela
Descobri porque o nome NOVELA. É o feminino de NOVELO, uma enrolação só.
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quinta-feira, 4 de janeiro de 2018
Dois deuses
Dois patrimônios são os mais importantes: a saúde e a sabedoria.
Acredito somente em dois deuses: o tempo e o espaço. O tempo nos impõe a contagem regressiva do patrimônio da saúde; isso é inexorável. Por outro lado, para amenizar essa perda, o espaço nos permite ampliar o patrimônio da sabedoria; isso é facultativo...
Acredito somente em dois deuses: o tempo e o espaço. O tempo nos impõe a contagem regressiva do patrimônio da saúde; isso é inexorável. Por outro lado, para amenizar essa perda, o espaço nos permite ampliar o patrimônio da sabedoria; isso é facultativo...
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