Há uns dez anos, por conta de uma história que eu levaria uns parágrafos pra descrever, fiquei sem sinal de televisão por uns quatro meses no meu apartamento.
Santa época. Eu concluí de vez que o tal aparelho não me fazia a menor falta. Ainda eram tempos sem Youtube, sem a febre das redes sociais e, mesmo assim, eu vi que a internet já me abastecia. Hoje, eu vejo tudo na net - até os poucos, raríssimos, programas de tevê que me interessam. E pode descartar da lista TODOS os canais abertos, 100%.
Noticiários? Descarto o humor negro masturbado à exaustão nos policiais e nas tragédias. Só vou na net em matérias e artigos que acrescentam.
Esportes? O nosso querido futebol virou mais uma empresa de marketing e caiu no meu descrédito. Jogos me servem de sonífero. Seleção brasileira, com Ricardo Teixeira? Dá não. É o mesmo que torcer pros Irmãos Metralha, o mesmo que aplaudir Collor, Maluf, Sarney, Pallocci e afins. Hoje, acompanho as notícias de um arremedo de clube que virou o meu Palmeiras. Quem sabe, um dia, ele será de novo digno de minha atenção em campo. Prefiro passar as tardes de domingo jogando sinuca (de verdade, e não em videogame) com uns amigos. Vejo na tevê algumas modalidades olímpicas, no gelo ou no calor.
Reality shows? Ah sim, aí existem uns bons! No Canal FoxLife. Como o daquele mestre-cuca que vai salvar mundo afora restaurantes que estão indo à falência. BBB é palavrão, pra mim.
"Mãe, como é aquela palavra usada em religião quando alguém fica sem comer? JEGIME?" A Déborah filha da Marcia foi simplesmente genial, criou um neologismo juntando jejum e regime. Quando eu quero perder umas gordurinhas do espírito, venho pra cá e escrevo.
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
Calor
O calor não é tão ruim. A gente pode colocar ao sol as roupas pra secar e os sapatos pra perder o chulé.
No mais, desce uma Cloud gelada aí, garçom Pedro!
(das "Reflexões de um Quase Cinquentão")
No mais, desce uma Cloud gelada aí, garçom Pedro!
(das "Reflexões de um Quase Cinquentão")
sábado, 19 de setembro de 2015
Matemática anti-homofóbica
(para o provável livro "Reflexões de um quase cinquentão")
Embora eu tenha me formado e trabalho toda a vida na área de Humanas, a Matemática me atrai. Ela pode ser, em muitas situações, o melhor modo de demonstrar minha maneira de pensar. Este é um caso.
Não precisa pensar, já dou a resposta: 32 gerações, pois trata-se de uma progressão geométrica, a população vai sempre dobrando.
Resposta 2: 1,75 bilhões de gerações, pois trata-se de uma progressão aritmética, 4 + 4 + 4 + 4...
Pergunta 3: Em 1,75 bilhões de gerações (resposta da pergunta 2), quantos habitantes terá o planeta A?
Resposta: 2 elevado a 1,75 bilhões, o que dá um número de 21 algarismos: 872.000.000.000.000.000.000. Por extenso? oitocentos e setenta quintilhões.
E o que significa esse número monstruoso? Quero dizer que, hipoteticamente, se não houvessem homossexuais no mundo, seria talvez dessa grandeza a população atual da Terra.
Então, além de acreditar que o respeito dado a um ser humano não deve ser medido por sua escolha sexual, penso que a Natureza não faz nada por acaso.
PS: se eu estiver errado nos cálculos, minha amiga Fernanda Bastos irá me corrigir.
Embora eu tenha me formado e trabalho toda a vida na área de Humanas, a Matemática me atrai. Ela pode ser, em muitas situações, o melhor modo de demonstrar minha maneira de pensar. Este é um caso.
Situação 1
Imaginemos que a humanidade mande para o planeta A, desabitado, dois casais: A1 e A2. Ambos heterossexuais. São casais geneticamente preparados para gerar quatro filhos cada um (dois homens e duas mulheres) que vão se cruzar futuramente com os filhos do outro casal e, da mesma forma, gerar dois homens e duas mulheres, sempre. E assim sucessivamente, o que fará que cada nova geração tenha o dobro de pessoas da anterior. Pergunta 1: considerando que ninguém morra neste planeta, quantas gerações serão necessárias até que se chegue a aproximadamente 7 bilhões de habitantes, atual população da Terra?Não precisa pensar, já dou a resposta: 32 gerações, pois trata-se de uma progressão geométrica, a população vai sempre dobrando.
Situação 2
Imaginemos que, no mesmo dia, sejam enviados para o planeta B, desabitado, dois casais: B1 e B2. Ambos geneticamente preparados para gerar quatro filhos cada um, como no planeta A (dois homens e duas mulheres) MAS sendo que um homem e uma mulher serão homossexuais, ou seja, nâo irão reproduzir. Neste caso, o que acontece é que a uma geração nunca vai ter o dobro de pessoas da anterior como no planeta A, mas o MESMO número de pessoas: 4. Pergunta 2, igual à pergunta 1: considerando que ninguém morra neste planeta, quantas gerações serão necessárias até que se chegue a aproximadamente 7 bilhões de habitantes, atual população da Terra?Resposta 2: 1,75 bilhões de gerações, pois trata-se de uma progressão aritmética, 4 + 4 + 4 + 4...
Pergunta 3: Em 1,75 bilhões de gerações (resposta da pergunta 2), quantos habitantes terá o planeta A?
Resposta: 2 elevado a 1,75 bilhões, o que dá um número de 21 algarismos: 872.000.000.000.000.000.000. Por extenso? oitocentos e setenta quintilhões.
E o que significa esse número monstruoso? Quero dizer que, hipoteticamente, se não houvessem homossexuais no mundo, seria talvez dessa grandeza a população atual da Terra.
Então, além de acreditar que o respeito dado a um ser humano não deve ser medido por sua escolha sexual, penso que a Natureza não faz nada por acaso.
PS: se eu estiver errado nos cálculos, minha amiga Fernanda Bastos irá me corrigir.
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