Sustentáculo sólido da durabilidade.
Fio norteador para o sucesso. Essência da interação
cliente-fornecedor. Matéria-prima para grandes campanhas.
O briefing (olha aí o inglês
tomando conta da gente de novo) bem pode ser definido com essa pompa.
Ele é a primeira etapa da relação entre a agência de propaganda e
o cliente, em que este abre o coração e conta como sua empresa
funciona, seus princípios, objetivos, intenções, metas...
O texto poderia acabar aqui, mas eu
quero colocar um “supostamente” na frase acima. Porque quase
sempre o briefing parece ser um jogo de blefes, um blefeing.
O cliente finge que conta tudo (“quem é esse pessoal de agência
pra achar que vou revelar meus segredos?”) e a agência finge que
ficou tudo bem (“se insistirmos, nos queimamos”). Desnecessário
mencionar a continuidade disso, né não?
Esse comportamento
pode ser visto em outros contextos. Consultores de empresa,
assessores de imprensa ou especialistas em RH vão se identificar de
imediato. Médicos e profissionais de saúde recordam facilmente
inúmeros casos de pacientes dessa ordem. Quem é da área de Exatas
sabe que as coisas não são assim tãããão exatas. Até dentro de
casa se vê isso ─ ria pra não chorar, você que é psicólogo.
Famílias, namoros e casamentos, relacionamentos de toda ordem...
Talvez seja por
isso que não gosto de jogo de truco.
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