Se Einstein fosse traduzir para a língua portuguesa a famosa frase de Shakespeare, provavelmente diria: "Estar ou não estar, eis a questão".
Faz algum tempo que minha filosofia barata tem ruminado em minha cabeça essa coisa do SER e do ESTAR. Hoje, neste domingão com árvores de primavera, lojas de verão e clima de outono/inverno (tudo é mesmo relativo), resolvi passar pro papel - força de expressão, claro - essas ideias viajantes.
Algumas línguas não diferenciam os dois verbos, e a do teatrólogo inglês é uma. Isso reflete nos fatores culturais, ou é reflexo deles, ou nada disso ou, ainda, ambos? Ao fazer diferença entre ser e estar, em que somos (ou estamos!) diferentes de britânicos e germânicos?
Primeiro, vou dizer como entendo. SER diz mais de coisas antagônicas e imutáveis; ESTAR, de circunstâncias, de escolhas, muitas vezes temporárias. Exemplo: fulana está loira, mas inevitavelmente é morena, porque nasceu assim.
Eu gosto da diferenciação. Acredito que, na maior parte das situações, nós estamos mais do que somos. Isso dá sensação de evolução e de liberdade.
Aí eu acabo me fazendo outra pergunta: partindo do princípio dessa diferença no Português, ingleses e alemães usam o SER ou o ESTAR? Quem estruturou suas línguas enxerga as coisas como mais flexíveis, circunstanciais, ou o contrário? Claro que esses questionamentos só acontecem em cabeças malucas como a deste autor aqui. Na prática, lá ou aqui, quase não se diferenciam os verbos. Mas acredito 100% que as coisas ─ até mesmo um detalhe linguístico ─ têm uma razão de ser (ou de estar, já não sei mais, help!).
Seguindo o mesmo raciocínio, já me vem outra divagação: TEMOS ou apenas USUFRUÍMOS? Mas juro que vou parar por aqui.
Pra terminar, deixo o convite para opinarem: SOU ou ESTOU maluquete?
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