domingo, 4 de dezembro de 2011

Política e religião não se discutem...

Faz tempo que me afastei das duas instituições. Tem nada a ver com desinteresse pelos assuntos; só acredito que ambas, de modo geral, cumprem papéis avessos àqueles para os quais foram criadas. Não trabalham para a comunidade, são parasitas desta.

Curiosamente, ambas resolveram mexer comigo, usando a mesma arma, e não estão nem sabendo. Então, resolvi avisar.

Ao lado da minha casa, há outra que alguns meses está à venda. Eis que, um dia, aparece um monte de senhores e rapazes (pelo menos uns 20, devem ser) com uma parafernália de fios, luzinhas, enfeites... E barulho de madrugada, quando estão chegando da rua ou com tempo livre. Tá. Fui saber: contratados da prefeitura para instalar os enfeites de Natal na cidade. Vieram de longe!
Duas perguntinhas: 1) Será que não existe gente local capaz de fazer o mesmo? 2) Será que a prefeitura está financiando também as mocinhas servis que estão se amassando com esse pessoal nas madrugadas aqui na calçada?

O fundo do prédio onde trabalho fica voltado para a lateral de uma igreja. Não sei qual das 6.829 fundadas nos últimos anos. Estão fazendo uma reforma. O pedreiro que lá está ouve, todo dia, uma rádio evangélica (faz sentido) num volume que parece que o aparelho está dentro da minha sala.
Duas perguntinhas: 1) Por que ele continua fazendo isso, mesmo depois de algumas pessoas do prédio tendo pedido pra abaixar o volume? 2) Pra que raio serve esta igreja, que não é capaz de educá-lo?

Política e religião não se discutem. Tô vendo que isso é mesmo verdade porque o jeito seria sair no braço, mas falta de educação é só pra quem pode. Valeu, prefeito Paulo César! Valeu, igrejinha da Barros Cobra em frente à Praça dos Macacos!

domingo, 20 de novembro de 2011

Einstein e Shakespeare

Se Einstein fosse traduzir para a língua portuguesa a famosa frase de Shakespeare, provavelmente diria: "Estar ou não estar, eis a questão".

Faz algum tempo que minha filosofia barata tem ruminado em minha cabeça essa coisa do SER e do ESTAR. Hoje, neste domingão com árvores de primavera, lojas de verão e clima de outono/inverno (tudo é mesmo relativo), resolvi passar pro papel - força de expressão, claro - essas ideias viajantes.

Algumas línguas não diferenciam os dois verbos, e a do teatrólogo inglês é uma. Isso reflete nos fatores culturais, ou é reflexo deles, ou nada disso ou, ainda, ambos? Ao fazer diferença entre ser e estar, em que somos (ou estamos!) diferentes de britânicos e germânicos?
Primeiro, vou dizer como entendo. SER diz mais de coisas antagônicas e imutáveis; ESTAR, de circunstâncias, de escolhas, muitas vezes temporárias. Exemplo: fulana está loira, mas inevitavelmente é morena, porque nasceu assim.
Eu gosto da diferenciação. Acredito que, na maior parte das situações, nós estamos mais do que somos. Isso dá sensação de evolução e de liberdade.

Aí eu acabo me fazendo outra pergunta: partindo do princípio dessa diferença no Português, ingleses e alemães usam o SER ou o ESTAR? Quem estruturou suas línguas enxerga as coisas como mais flexíveis, circunstanciais, ou o contrário? Claro que esses questionamentos só acontecem em cabeças malucas como a deste autor aqui. Na prática, lá ou aqui, quase não se diferenciam os verbos. Mas acredito 100% que as coisas ─ até mesmo um detalhe linguístico ─ têm uma razão de ser (ou de estar, já não sei mais, help!).

Seguindo o mesmo raciocínio, já me vem outra divagação: TEMOS ou apenas USUFRUÍMOS? Mas juro que vou parar por aqui.

Pra terminar, deixo o convite para opinarem: SOU ou ESTOU maluquete?

sábado, 5 de novembro de 2011

Brotas, agosto de 2011

Bancando o super-herói. Clima do dia: 15 graus, com chuva.

Demorou, mas vamos lá.
Estive em Brotas no final de agosto. Cidade simples, mas está bem cuidada, pelo que pude perceber. Região muito bonita e só isso já vale a viagem.
Fiquei neste hotel e recomendo: http://www.estalagembrotas.com.br  Preço razoável, gostei bastante e fui bem atendido. 

Ao lado do hotel, uma lanchonete simples, porém aconchegante, espaçosa, arejada. Help me!, não lembro mais - acho que é Cláudio, o nome do dono.

O HOTEL


Detalhes do quarto em que fiquei, o Amsterdã:




Outras imagens do hotel. Pode parecer que tô ganhando dinheiro pra fazer propaganda, mas quando não gostar de um lugar, vou mostrar também.



 Os quartos todos têm nomes de cidades famosas da Europa.









CACHOEIRA DO MARTELO




 CACHOEIRA ROSEIRA





Até a próxima!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Mundo virtual

Leiam a matéria:
http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2011/07/21/lojistas-que-ainda-fazem-do-disco-seu-artigo-principal-inventam-expedientes-para-sobreviver-924956526.asp

Não é apenas em relação à música que acontece esse fenômeno da
resistência ao mundo virtual. Tenho observado que este, quase duas
décadas desde a explosão da Internet, ainda é pouco
absorvido/entendido por muita gente - consumidores ou fornecedores. Na
minha opinião, essencialmente porque ele não é concreto e o poder de
abstração, por motivos que não estou certo se genéticos ou culturais,
em média é baixo. As pessoas precisam "dar uma pegadinha ou
olhadinha". Sempre escuto, por exemplo, sobre o fato de eu trabalhar
em casa; para muitos soa estranho, ainda predomina aquela imagem de
credibilidade associada a ter um ponto comercial com mesa, armário e
computador. Uma verdade tão presente que nós aqui tivemos que ceder a
ela e, em breve, experimentaremos uma sala no centro da cidade para
medir a diferença.
Assisti a uma entrevista com Washington Olivetto, segunda-feira no
programa Roda Viva, e percebi que o marketing virtual ainda engatinha
- mesmo nas cabeças dos entrevistadores, entre eles a âncora Marília
Gabriela e Augusto Nunes. http://www.tvcultura.com.br/rodaviva/

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O melhor legado

Um dia, você se vai. Sua equipe de trabalho também muda.

Pessoas vão e vêm. Produtos e serviços, idem... Quem ainda precisa de um datilógrafo? Ou de uma caixa registradora, daquelas com manivela?

Toda grande empresa começou pequena. Passou por mudanças e adaptações diversas.

A coisa mais valiosa que as grandes empresas têm, então, não é você, não são as pessoas, não é a natureza dos produtos e serviços, nem o tamanho. Tudo isso é muito importante, mas passageiro.

A única coisa passível de ser perpetuada numa empresa é o seu nome, a sua MARCA. Por isso, ela é seu mais valioso patrimônio. Grandes marcas são, por si só, sinônimos de sucesso. Dois exemplos:

- Se for anunciado um McDonalds no seu bairro, qual seu grau de dúvida de que dará certo, mesmo não conhecendo as pessoas que vão trabalhar lá?
- Por outro lado, se você mantiver toda a estrutura, atendimento e serviços de um Banco Itaú, mas trocar o nome na fachada para Banco do Joãozinho, em quanto isso compromete a sua credibilidade?

Se você quer ver sua empresa nesse caminho, se quer deixar como legado um nome de verdadeiro sucesso para seus herdeiros, venha saber comigo como fazer.

zeelias65@gmail.com

segunda-feira, 25 de abril de 2011

sábado, 16 de abril de 2011

Despesas extras

Atenção: este é um texto de humor. Qualquer semelhança com sua vida real pode não ser mera coincidência, mas não deve ser levado a sério.

LUXO = despesa extra que serve pra chamar atenção de sequestrador, de gente fútil e de parentes inconvenientes.
ANIMAL DE ESTIMAÇÃO = despesa extra que se encarcera. Serve pra dar trabalho desnecessário, fazer as necessidades a céu aberto perto da mesa onde você come e eventualmente é barulhento quando você mais quer dormir.
NAMORADO(A) = despesa extra onde se descarrega o acúmulo de hormônios. Porque pra conversar, ir ao cinema, fazer caminhada, tomar uma cerveja e comer uma pizza, basta uma amizade.
CÔNJUGE = despesa extra pra quem quer ser pai/mãe dignamente. Porque ninguém gosta de ser literalmente um filho da ...

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Dom e oportunidade

Por que algumas pessoas são mais bem-sucedidas em determinadas atividades? Por que alguns se tornam goleiros, outros defensores e outros goleadores, se a escolinha de futebol é igual pra todas as crianças?
Sempre entendi que todo ser humano tem um dom. Ou ainda, uma chama de genialidade numa área qualquer. Tem o feeling, o timing, a percepção, o reflexo, mais privilegiados pra essa área desde o encontro do óvulo com o espermatozoide. Por isso um Ronaldinho Gaúcho, mesmo sabendo tudo o que um goleiro precisa fazer, não consegue o mesmo desempenho de um Marcos, e vice-versa. Por isso, Gisele Bündchen é mais que uma modelo, é uma empreendedora do "negócio" Gisele Bündchen, ainda que trocentas outras modelos tenham frequentado rigorosamente o mesmo caminho de preparação. Creio que essas outras sejam modelos competentes, mas "comuns", porque o seu dom genial talvez não seja para a carreira de modelo.
A outra metade que completa o par perfeito do sucesso não acontece à grande maioria das pessoas: a oportunidade precisa para que o dom se manifeste. Muitas delas passam a vida inteira no lugar "errado", na profissão "errada", fazendo a coisa "errada", e se acomodam, se conformam com o destino.
Se você acha que é uma pessoa "comum", comece a observar as coisas que faz muito bem e com as quais se identifica. Na minha opinião, é o primeiro passo para achar a oportunidade em que sua genialidade vai se manifestar.

O lado da tragédia no Rio que a mídia não explora

Foi um crime bárbaro? Sim. Mas foi um caso incomum, eu diria um crime agudo. Não acontece todo dia. Até por isso, a mídia noticiosa se vale do evento para sobreviver dias a fio.
O que a mídia não explora, como produto de consumo, são as vítimas oriundas de problemas crônicos. Não foram apenas doze, atingidas por um maluco assassino, as crianças vitimadas na cidade do Rio de Janeiro naquele dia. Provavelmente foram 120, seja por fome/sede, no tráfico de drogas, no trânsito, maus tratos de parentes, descaso nos hospitais públicos.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Ler em público

Precisa de alguém para LER TEXTOS EM VOZ ALTA em público? Deixa comigo...

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Domador? Eu?

Imagine que você é um biólogo. Vai ao circo e, por coincidência, senta-se ao seu lado o domador. Papo vai, papo vem, você mostra a ele um bom conhecimento sobre leões - hábitos, técnicas de caça, ritual de acasalamento, em que lugar do mundo vivem.
Ele, por sua vez, vai descrevendo como é a profissão que exerce, e o quanto isso tem a ver com todo esse conhecimento que você demonstra ter. E ele vê que você está entendendo tudo, e percebe que você fica até interessado em tentar fazer, também.
A uma certa altura da conversa, ele diz: "Preciso sair, está quase chegando a minha vez de ir ao picadeiro." Vocês se despedem.
Alguns minutos depois, eis que ele surge, trazendo consigo os felinos. E anuncia: "Hoje, senhoras e senhores, uma surpresa em nosso espetáculo! Teremos um novo domador!" E em seguida, ele diz o seu nome.

Eu vivi sensação semelhante, na última semana.

Estudo Alemão, nível intermediário para avançado, numa escola/franquia de minha cidade. Por ser bom aluno nesta língua, por ter feito um teste em Inglês com bom resultado, e por ter demonstrado interesse em tentar dar aulas, fui convidado ao treinamento para isso. Não cabe a mim dizer se o treinamento é bom ou não. A empresa tem resultados, agindo como age. Mas não funcionou comigo. Achei-me pouco testado e, consequentemente, saí considerando-me pouco preparado. Leve em conta, ainda, que nunca fui professor, não tenho nenhuma formação no assunto. E que meu conhecimento de Inglês é muito bom, mas estou afastado do estudo formal da língua há anos. Foi uma surpresa quando deram pra mim, dias depois, algumas turmas. Existe uma enorme diferença entre saber algo e estar preparado para ensinar. Por fim, enxergo em mim um limite para o perfil "professor-ator" que eles exigem, pois... não sei mentir. Eu simplesmente me vi recebendo o chicote e sendo colocado dentro da jaula. O resultado não poderia ter sido outro.